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DEPOIMENTO DE UM CICLISTA


Muitos “mangam” de mim quando falo que acordo antes do sol nascer aos finais de semana para dar uma voltinha em minha “magrela”. “Mangam” mais ainda quando me veem pelas ruas da Belô todo equipado, de capacete, calça de lycra (claro que a especial para pedalar), de óculos amarelo (tipo Bono Vox), sapatilha no pé e uma garrafa lotada de “Malto” pronto para encarar as estradas suando feito uma “tampa de chaleira”.
Pois bem.
Qual é o limite?
Quando estamos na “correria” do dia a dia, mal observamos as estações do ano, os Ipês plantados na Av. Amazonas que florescem deslumbrantemente na primavera e movimento fantástico do Sol na travessia diária do céu, mal ouvimos o som dos grilos e poucos pássaros que restam na ilustre lagoa da Pampulha.
Sabem por que perdemos tudo isso?
Porque mal saímos de dentro do carro com os vidros fechados receosos, mal saímos do trabalho cada vez mais acumulado e de casa nos momentos de descanso, criando assim apenas uma visão do mundo pelas janelas com qual nos deparamos no entra e sai das edificações, de modo que a janela se torna o nosso “limite” com o mundo exterior.
Agora eu “mango” dessas pessoas quando acordo antes do ilustre Sol nascer aos finais de semana e acompanho com os olhos sua majestosa travessia no céu.
“Mango” mais ainda quando montado em minha “magrela speed”, vejo a cor linda dos Ipês Rosas que florescem na Av. Amazonas em poucos meses do ano, esta visão é magnífica...
Por fim, “mango” quando paro minha “bike” na frente da Imponente Toca da Raposa, tiro meu capacete e a poucos metros vejo o voo dos pássaros e o som da natureza na orla da Pampulha, isso tudo no meio de uma "louca cidade".
Somente assim os vidros do carro e das edificações deixam de existir, transformando o limite não mais em janelas frias cheias de insulfilms, mas sim na córnea de meus olhos.
Esse é meu limite!
Pedalando compactuamos mais com o mundo ao nosso redor e entendemos cada vez mais que o mundo que Deus criou é o que está dentro de nós e que temos o privilégio de observar com a "janela de nossos olhos".

Abraços aos companheiros Ciclistas!
Ricardo Egídio

Comentários

Caros Amigos!

Espero ter cativado o pensamento de vocês em prol da reflexão sobre os limites!

Espero que gostem do texto!

Grande abraço!
White hand disse…
FAAAALA MASTER POWER!!!!!
FAÇO MINHAS SUAS BELAS PALAVRAS.
UM GRANDE ABRAÇO "CABRAL"
White hand disse…
Cara...fiquei com uma inveja danada do percurso de sabado.
Espero que possamos repeti-lo o quanto antes. t+
Jéssica disse…
Nossa, belo texto, belas palavras. A metáfora do limite visual foi incrível. Coisas que só um ciclista apaixonado sabe descrever... Parabéns!
Ilustre Amigo "Cabral"!
Obrigado pelo comentário no texto, compartilhar meus pensamentos com os amigos sempre é muito bom!

Cara e realmente você fez muita falta no trajeto do topo do mundo, mas com certeza a próxima você estará lá completando a turma!

Lá realmente é um lugar surpreendente, você vai curtir d+!

Grande abraço!
oivalfleicam disse…
Caros amigos, eu e o Ricardo fomos testemunhas de quão maravilhosa é a obra de Deus nessa pedalada para o Topo do Mundo. Quando se chega lá sempre... e eu reafirmo... sempre somos tomados de alguns segundos de silêncio, pois a beleza do local é tão grande que magnetiza nossa alma. Ficamos felizes em ter chegado lá, mas ficamos pesarosos em não ter nossos amigos de pedalada juntos. Amizade é assim... compartilhamos os momentos felizes e dividimos as tristezas. Até hoje em nossas pedaladas vimos que muitos se esforçam em estar conosco, outros, talvez pela dificuldade do dia a dia nem tanto... O que sempre reafirmaremos é que pedalar revigora nossa alma, aquece nosso espírito e alegra nossos dias... Vamos organizar novos passeios... Faça um esforço para estar conosco... Você é importante para o grupo... Fiquem com Deus!
Lucas Bandeira disse…
Não podmos esquecer dos primeiros km percorridos como se fossemos crianças aprendendo a andar. Aquelas voltas na Av. Firmo de Matos aonde a cada dia parecíamos ter chegado ao ápice na nossa velha e boa MTB. Hoje olho para minha Magrela speed presa no alto da parede do quarto em frente a cama e lembro daquelas boas histórias de pedaleiro que temos. "Andar 10 km a pé procurando um lugar para colar o pneu depois de pegar uma daquelas chuvas de BH". Toda esse sacrifício me faz ter certeza: depois de um tempo parado... "é ta na hora de voltar!!"
Caro AMigo Lucas!
É com grande satisfação e felicidade que vejo eu comentário e a notícia que estará de volta ao grupo!
kkk lembro bem de nossos rolés de MTB, o primeiro trajeto ao parque municipal... o início no pedal foi fantástico!
Seja bem vindo ao grupo da bike!

Estamos te aguardando depois do carnaval para botarmos fogo no pedal!

Abração

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