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CICLISMO, IMPOTÊNCIA SEXUAL E OUTROS ASSUNTOS


Psiiuu! Ei cara! Aqui finalmente um papo sério sobre um problema embaraçoso para maioria dos ciclistas homens”a proteção do órgão reprodutor, o qual enfiamos dentro de quentes shorts justos e durante horas subtemos a sacolejos, com risco, inclusive, de esmagamento. As vezes somos obrigados a pagar caro por essa negligência.

Entretanto, a maioria das situações incômodas que os ciclistas estão sujeitos é inofensiva. Por outro lado, qualquer problema envolvendo uma área tão sensível, por menor que seja (o problema, não a área), pode ser desconfortável e alarmante. Por isto, tenha em mente algumas simples precauções que podem evitar muitos probleminhas e solucionar outros tantos. Afinal, bike e sexo não são água e óleo. Cientistas, e muitos ciclistas sorridentes, acreditam que pedalar pode melhorar o desempenho sexual. Mas antes de celebrar este fato, vamos dar uma olhadinha em alguns problemas aos quais o ciclista está sujeito.

Pênis dormente
– A próstata, glândula cujos músculos contraídos ajudam o pênis a expelir o sêmen durante a ejaculação, encontra-se entre o escroto e o ânus - a área de maior contato com o selim, já que fica somente um dedo de distância do assento quando estamos sobre a bicicleta. A constante proximidade com o selim pode machucar a próstata, que pressiona os nervos perineal, dorsal e pudental (que terminam no pênis), causando a dormência. Se você pára de andar, este estado desaparece em menos de uma semana sem efeitos colaterais. Uma solução simples para evitar este problema é levantar-se apoiando o peso sobre os pedais, ou dividir o peso deslocando o ponto de apoio no selim. Fazendo isto a cada 30 minutos pode-se pelo menos minimizar a pressão, que faz inflamar a próstata. Tome cuidado com a posição que seu aero* o força a tomar. Se você só está começando com este modelo, vá devagar. Ande entre 15 e 25 minutos na posição aero e depois gaste o mesmo tempo na postura normal, antes de mudar de novo. Até mesmo os mais experientes deveriam mudar de posição pelo menos uma vez a cada hora. Também o movimento das pernas e dos quadris durante a pedalada pode, em certos casos, criar uma forma indireta de massagear a próstata. Quando isso acontece, a glândula emite fluídos. Não é uma ejaculação (nenhum esperma é liberado pelos testículos), somente uma descarga viscosa do líquido lubrificante da próstata. A solução para este incoveniente resume-se em reduzir a pressão do líquido na próstata, o que você consegue com mais masturbação ou mais relação sexual!!! Difícil, né?

Trauma testicular – Apesar dos ciclistas golpearem os testículos de um lado para o outro, batendo os contra o selim, eles não são prejudicados. Isto graças ao uso de shorts especiais que compactam e protegem a “bagagem”. Num caso de acidente, esse mesmo short justo pode ser prejudicial, uma vez que o escroto, impossibilitado de mover-se livremente, fica mais vulnerável.


Impotência e Infertilidade – Este é o maior, o avô, de todos os medos: pode o ciclismo acabar com a virilidade? Sim, especialmente se você considera a mais conhecida definição de impotência como inabilidade de manter uma ereção mutuamente satisfatória para ambas as partes. Numa relação heterossexual, este termo tão abrangente pode tanto ser usado quando o homem não consegue uma ereção como quando mantém o pênis ereto mas não suficiente para a penetração. Logo, tecnicamente, todos os problemas até agora discutidos podem levar a impotência, que é tratável e quase sempre temporária. Estas condições afetam a maioria dos homens em algum momento da vida, mas o ciclismo é a causa menos comum, creia.

Infertilidade é diferente: refere-se à inabilidade de conceber (15% dos casais em idade de conceber são estéreis). As evidência ainda não saíram da prancheta, mas alguns cientistas sabem que, sob certas condições, o ciclismo, como qualquer outro esporte de resistência pode reduzir o nível de testosterona, hormônio responsável pelo desenvolvimento do esperma. Mesmo assim, nenhuma evidência nítida liga o ciclismo moderado à infertilidade. A queda provocada por aumento de exercício é temporária. O nível de testosterona volta ao normal após uma emana de descanso ou diminuição da carga de exercício. Muitos médicos e pesquisadores estimam que somente uma pequena porcentagem de homens ciclistas pedalam duro ou por muito tempo a ponto de comprometerem seus pênis, ficarem impotentes ou sofrerem algum outro horror aqui discutido. Além disto, o ciclismo moderado pode melhorar o desempenho sexual. Afinal, os desportistas geralmente têm melhor circulação, sono, dieta e flexibilidade, podendo elevar o nível de endorfina (um dos hormônios responsáveis pela sensação de leveza e euforia em pleno regime de esforço, no caso). Em seu livro “The Exercise Habit” James Garvin, psicólogo do esporte, apresenta levantamentos que demonstram que as pessoas querem (e têm) mais sexo quando se exercitam, e que mantêm a atividade sexual até uma idade avançada. Segundo Gavin, “centenas de estudos mostram que exercícios aumentam a auto-estima”, o que, por sua vez, ajuda a melhorar o sexo. Então, pedale com confiança e lembre-se de respeitar também o seu sistema reprodutor.

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