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PRINCIPAIS LESÕES

Sídromes compressivas  

Mão e punho: Síndrome Tunel Carpal e Síndrome do Canal de Guyon . Desencadeadas ao manter a articulação em extensão ou flexão por períodos prolongados, desencadeando o “formigamento” clássico dos dedos, de acordo com o nervo acometido.


Sídromes dolorosas

Coluna vertebral

Pedalar envolve a postura mantida da coluna vertebral. Para que as mãos permaneçam no guidão,a coluna lombar é mantida em flexão e, para que o atleta veja a trilha, a cervical fica em hiperextensão. Uma altura de banco mal regulada,um quadro inadequado para a altura do ciclista, a pressão mantida em determinado ponto da vértebra pode levar a estiramentos ligamentares, fissuras e hérnias dos discos intervertebrais e, consequentemente a dores e radiculopatias.


Membros inferiores

O gesto espotivo da pedalada envolve o recrutamento de diferentes grupos musculares. A cadeia extensora e flexora da coxa e da perna, durante a pedalada, é solicitada, tanto para a contração concêntrica, quanto para a excêntrica. Assim como na corrida, os movimentos de aceleração e desaceleração em uma cadeia cinética fechada (movimento envolve 2 ou mais articulaçoes) exigem que a musculatura trabalhe em harmonia entre potência e flexibilidade. Caso contrário, a lesão será inevitável.

Pedalar com o banco baixo pode levar às síndromes da hipertensão femoropatelar e da banda Ileotibial.Que, se não tratadas, podem levar tendinites patelares e quadricipitais, “hoffites” e ao amolecimento da cartilagem retropatelar, também conhecido como condromalácea.

Lesões traumáticas

Em um acidente ciclístico, a energia cinética gerada no momento do trauma, a posição da articulação e o vetor do movimento ditarão a estrutura a ser lesada. Em diversas situações, os pés podem estar presos aos pedais ou à corrente. A colisão contra veículos motorizados potencializa o risco de lesões graves,sequelas e morte.

De uma maneira geral, o ciclista, ao cair, leva instintivamente a mão ao solo. Ocorre movimento de extensão do punho até o limite fisiológico e, a partir daí,iniciam-se as lesões ao nível do punho: fraturas do rádio, ulna, ossos do carpo e metacarpeanos, lesões ligamentares, com luxações dos ossos do carpo e de falanges e lesão do Complexo fibrotriangular do punho.

Dependendo da posição dos membros na queda e da direção da dissipação da enregia cinética outros segmentos do corpo poderão ser afetados : Traumatismo cranio encefalico (TCE), com possibilidades de perda de consciência,danos neurológicos e morte por hipertensão intra-craniana.


Lesões da coluna vertebral: fraturas,luxações e lesões discais.

Lesões no ombro, sendo a luxação acromioclavicular (ruptura ligamentar entre a clavícula e o Acrômio) a mais comum

Lesões na perna e tornozelo: fraturas, lesões ligamentares (pé preso ao pedal) e lesões musculares

Outras lesões

Pedalar em certa velocidade, principalmente ao final da tarde pode levar a penetração de insetos nos olhos, que, por tratar-se de material orgânico, tende a se decompor liberando enzimas que podem lesar a córnea e a conjuntiva. O impacto direto de objetos nos olhos também pode causar lesões mecânicas. Para evitar que isso aconteça use sempre óculos de proteção. Caso ocorra, trata-se de uma urgência oftmalógica. Em ambas situações, lave exaustivamente os olhos. Não tente remover nada e procure um hospital imediatamente. Não deixe para amanhã. E não pingue colírios anestésicos!

Pedalar em locais poluídos ou com grande suspensão de poeira pode desencadear lesões em vias aéreas, como crises de rinite e asma. Caso isso ocorra, pare e descanse. Mantenha a calma e, se não melhorar, peça ao seu dupla a lhe auxiliar a procurar serviço médico.

Pedalar em locais muito quentes, por períodos prolongados, transpirando muito também pode causar desidratação, câibras, fadiga e dores musculares. Para que isso não ocorra, tenha sempre um plano de nutrição esportiva.

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