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ANDAR DE BICICLETA PODE MELHORAR O DESEMPENHO SEXUAL


Andar de bicicleta é uma ótima atividade para o tratamento contra problemas sexuais para homens com doenças cardíacas crônicas. Essa descoberta foi apresentada em dezembro de 2001, no Congresso Científico da American Heart Association. "Nós descobrimos que o exercício pode agir como terapia médica para melhorar tanto a função sexual quanto a qualidade de vida dos pacientes", revela o diretor do Instituto Italiano do Coração de Lancisi, Romualdo Belardinelli. Muitos pacientes com problemas cardíacos tomam remédios que contêm nitratos. As pessoas que seguem esse tratamento são aconselhadas a evitar drogas como o Viagra, por causa da combinação que pode ser fatal. "Os pacientes que se exercitaram ao invés de terem tomado remédios evitaram o problema da interação letal da combinação com o nitrato", conta Belardinelli. "Na verdade, mais da metade dos pacientes estudados tomavam nitratos e não notamos qualquer efeito colateral", afirma. Os nitratos, combinados com o Viagra, podem causar pressão baixa e problemas cardiocirculatórios.
O estudo indica que os pacientes que pedalaram aumentaram a atividade sexual e melhoraram a qualidade de vida, o que significa também uma melhora na função cardiovascular. Os progressos medidos a partir da artéria braquial - que vai do ombro ao cotovelo - indicaram que os vasos sangüíneos em outras partes do corpo também foram beneficiados pelo exercício. Belardinelli diz que não sabe se outros tipos de atividade física teriam o mesmo efeito. O estudo é o primeiro a examinar a relação entre doenças cardíacas crônicas e a disfunção sexual. Além disso, comprovou que ao se exercitar, há melhoras consideráveis na performance sexual masculina. Os pesquisadores estudaram 59 homens com mais de 50 anos, todos com problemas cardíacos crônicos causados por isquemia coronária. Essa doença pode causar danos nas artérias o que impede a circulação de sangue até o pênis, o que impossibilita uma ereção. Nenhum dos participantes da pesquisa tinha câncer de próstata, outra causa freqüente de impotência sexual. Um grupo com 30 pacientes se exercitou seguindo um programa preestabelecido em bicicletas ergométricas eletrônicas, em uma sala do hospital.


Outro grupo com 29 participantes não fez atividade física. O primeiro grupo se exercitava três vezes por semana, durante dois meses. Cada sessão durava uma hora. Nos 15 minutos iniciais eram realizados alongamentos e exercícios de calistenia. Depois, nos 40 minutos seguintes, os participantes pedalavam. Os batimentos cardíacos e a pressão sangüínea foram checados antes, durante e depois de pedalar. No começo do estudo e durante os dois meses de duração, todos os participantes que se exercitaram tiveram as respostas vasomotoras da artéria braquial medidas (dilatação e contração). Os resultados indicam como é a função endotelial da pessoa.
O endotélio é o canal interno responsável pela circulação sangüínea que controla a dilatação e a contração. Os pesquisadores quantificaram a qualidade de vida e as melhoras na função sexual usando questionários respondidos pelos pacientes e suas companheiras. A Qualidade de Vida (QDV) foi medida a partir do questionário Minnesota Living with Heart Failure. Para progressos na vida sexual (PVS) os cientistas utilizaram questionários que cobriam três áreas: relacionamento com a companheira, qualidade da ereção e saúde pessoal. "Nós descobrimos significantes melhoras tanto no QDV quanto no PVS dos pacientes que pedalaram", revela Belardinelli. Depois dos dois meses, os níveis de absorção máxima de oxigênio no grupo que pedalou melhorou em 18% e a dilatação 76,4% (de 2,29% para 4,04%).
Além dessas mudanças, os pesquisadores notaram que os níveis de PVS aumentaram 76,8% (de 3,49% para 6,17%). Também foram percebidas melhoras na qualidade de vida. Não houve mudanças no grupo que não se exercitou. "Parece que o exercício melhora a função endotelial na maioria dos vasos sangüíneos", afirma Belardinelli. O pesquisador também diz que esse benefício pode explicar, ao menos em parte, as melhoras na qualidade de vida e no perfil de atividade sexual. "Essas são apenas descobertas preliminares analisando um pequeno grupo de homens", lembra. Belardinelli esclarece que no futuro quer fazer um estudo para verificar os efeitos em uma população maior.

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